terça-feira, 5 de abril de 2011

Rodovia Euclides da Cunha duplicada não terá pedágio, garante Alckmin


Máquinas na pista, ordem de Alckmin. Empreiteiras têm prazo de 24 meses para concluir a obra


















Na presença de centenas de lideranças políticas e comunitárias da região, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve em Votuporanga no dia 26 de março para autorizar a colocação de máquinas na pista, simbolizando o início das obras de duplicação da Rodovi

Agora não tem mais volta. Depois da reunião realizada em Votuporanga, dia 26 de março, só os pessimistas de carteirinha continuarão duvidando do início das obras de duplicação da rodovia Euclides da Cunha.
Mas, os milhares de moradores das cidades situadas no chamado vale seco da referida via não podem se contentar só com o tiro de partida dado pelo governador Geraldo Alckmin nem com a visão das máquinas trabalhando, como já se pode constatar em alguns trechos. Também não se deve ficar muito extasiado com a garantia dada pelo governador de que não haverá cobrança de pedágio.
Claro, estas são conquistas que, depois de tantas idas e vindas e de inexplicáveis anúncios de início e adiamentos das obras, precisam e devem ser comemoradas, mas há muito chão pela frente.
Em que pese o principal aspecto da necessidade de duplicação, que é destravar um trecho altamente enroscado, que já vitimou quase três mil pessoas nos últimos anos, há que se pensar no futuro.
Se até sábado passado, além de colocar em risco a vida das pessoas, a rodovia também se destacava negativamente pelo festival de buracos em quase toda sua extensão, a tendência é que, daqui a 24 meses, tudo mude.
A Euclides da Cunha, depois de duplicada, será uma das melhores rodovias do país, e certamente fará crescer o olho de empresários que não agüentam mais a saturação, sob todos os aspectos, dos grandes centros.
Juntando-se o fato de que a região dispõe de excelente estrutura do ponto de vista médico-hospitalar e educacional e ainda ostenta índices de primeiro mundo em termos de saneamento básico, com 100% de água e esgoto tratados, estará criado o caldo de cultura para atrair investidores.
Mas, para isso, é preciso que as lideranças políticas e comunitárias da região, desde já, tirem os pés do chão, desenvolvendo um projeto a várias mãos, à moda da receita preconizada por Antonio Carlos Favaleça, prefeito de Santa Fé do Sul, na edição de 27 de março do Jornal de Jales.
Entusiasmado com a posse dos deputados estaduais Analice Fernandes e Carlão Pignatari (PSDB) e Itamar Borges (PMDB), todos com vinculações em cidades ao longo da rodovia Euclides da Cunha, com o anúncio da duplicação da rodovia e, depois de refletir sobre o que existe de bom e consistente ao longo destes 190 quilômetros, Favaleça conclamou todos a se unirem em torno de um grande projeto regional, que seria a criação da Região Administrativa dos Grandes.
A região como um todo, por falta da existência do tal projeto de desenvolvimento regional bem costurado e articulado entre os líderes de cada município, já perdeu a chance de crescer após a conclusão da ponte rodoferroviária sobre o rio Paraná, uma megaobra que consumiu quase R$ 500 milhões, concluida em 1998. Praticamente nenhuma cidade amealhou dividendos.


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