sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Inaugurada Ponte Estaiada na Ilha do Fundão

Com 780 metros de extensão, deve receber 1.800 veículos no horário de pico

Milhares de pessoas que frequentam diariamente a Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, ganharam, a partir de agora, uma saída alternativa para a cidade. A Ponte do Saber, a primeira estaiada no estado, foi inaugurada, nesta sexta-feira (17/2), pelo governador Sérgio Cabral. A ponte liga a ilha com a Linha Vermelha, em frente ao Canal do Cunha. Até agora, os veículos chegavam à via expressa e à Avenida Brasil por apenas um caminho, na altura da entrada da Ilha do Governador.

A nova ponte vai desafogar o trânsito na saída da Cidade Universitária no momento de pico. Cerca de 25 mil veículos por dia devem cruzar o Canal do Fundão pela ponte, reduzindo em 60% o número de carros que trafegam na Ilha do Fundão na hora de rush e diminuindo em mais de uma hora o tempo para deixar o Fundão. O governador destacou os benefícios da obra.

– Esta obra vai permitir uma evolução muito grande para a cidade. É uma ponte que liga uma ilha do saber, a Ilha do Fundão, que tem vários laboratórios instalados, renomados cientistas, milhares de trabalhadores e estudantes, enfim, uma comunidade inteira envolvida com o conhecimento, com o restante da cidade de forma mais fácil e rápida - disse Sérgio Cabral.

Além de cartão postal, a nova ponte é, segundo o governador, o símbolo do início do processo de pacificação dos complexos da Maré, Manguinhos e Jacarezinho. Essas comunidades vão se juntar dentro de pouco tempo aos complexos da Penha e do Alemão, já pacificados.

A passagem tem um vão livre de 200 metros, 96 metros de altura na parte mais elevada e uma extensão de 780 metros. A ponte é suspensa por 15 estais frontais e seis de retaguarda. Os cabos de sustentação metálicos são ancorados em um único pilar.

A construção da Ponte do Saber faz parte do plano diretor da UFRJ. A universidade solicitou, há cerca de dois anos, a inclusão da obra no Programa de Revitalização do Canal do Fundão. O projeto é de responsabilidade da Secretaria do Ambiente e financiado com recursos da Petrobras, no valor de R$ 320 milhões.

Segundo o secretário do Ambiente, Carlos Minc, as várias obras em andamento vão mudar o aspecto negativo da entrada do Rio, acabando com o passivo ambiental que causava mau cheiro e era um anticartão postal.

– A dragagem vai melhorar a pesca e a navegabilidade do Canal do Fundão, além de recuperar os estaleiros Riomar, antigo Caneco, e o Inhaúma, ex- Ishikawagima, que vai ser operado pela Petrobras, e criar mais de quatro mil novos empregos – justificou Minc.

O plano prevê a dragagem de mais de 3,5 mil metros cúbicos de material, aprofundando o leito do Canal do Fundão em quatro metros e da área dos estaleiros em sete metros, o que vai permitir a navegação de embarcações de grande calado. Também foram recuperadas 180 mil plantas dos manguezais e plantadas outras 140 mil mudas.

Segundo Minc, a Vila Residencial da UFRJ, onde vivem 1,7 mil pessoas, foi revitalizada pelo programa, com pavimentação e implantação de rede de distribuição de água e de troncos coletores de esgotos, ligados à Estação de Tratamento (ETE) Alegria, no Caju, o que evitará o despejo in natura de mais de 300 mil litros de dejetos na Baía de Guanabara. Também foram reforçados os pilares de sustentação de todas as pontes sobre o Canal do Fundão.

– E, com recursos da Secretaria do Ambiente, vamos implantar ainda três pequenos cais ao longo do Canal do Fundão para os pescadores do Complexo da Maré. O mar agora vai estar pra peixe – garantiu Minc.

Também participaram da inauguração o vice-governador e coordenador executivo de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Antônio Levi da Conceição, entre outras autoridades e convidados, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta.



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Viaduto que liga Nilópolis a Mesquita, na Baixada Fluminense, é inaugurado

Obra vai beneficiar indiretamente 2,3 milhões de pessoas das duas cidades

Acesso mais fácil ao metrô da Pavuna e mais rapidez para atravessar a cidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense. Essa é a proposta do viaduto Marcel Luís Sette Fortes de Almeida, inaugurado nesta quarta-feira (15/2), que liga o município ao vizinho Mesquita, beneficiando indiretamente 2,3 milhões de pessoas. O nome da via é uma homenagem ao filho do ex-ministro das Cidades, Márcio Fortes, que morreu em um acidente de carro.

Com investimento de cerca de R$ 20 milhões, a construção da via é fruto de parceria entre os governos estadual e federal. Além do elevado de 217 metros de extensão sobre a linha férrea, uma ponte de 165 metros foi construída sobre o Rio Sarapuí. A intervenção incluiu ainda a urbanização da Avenida Presidente Costa e Silva, em Mesquita, e das ruas Carmela Dutra e Doutor Rufino Gonçalves Ferreira, em Nilópolis.

O atual ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, se disse orgulhoso em pode acompanhar a transformação de projetos em realidade.

- Viemos aqui reforçar a parceria que já existe entre a presidente Dilma e o governo que implementou um novo tempo em seu estado. O que queremos é reafirmar o compromisso de trabalho para enfrentar os desafios - afirmou Ribeiro.

O governador Sérgio Cabral disse que a administração comandada por ele conseguiu virar a página de um Rio de Janeiro triste, que não tinha perspectiva de futuro. uma das ferramentas que possibilitaram a mudança foi o programa Somando Forças, que financiou as obras em Nilópolis.

- O viaduto Marcel vai, sem dúvida, melhorar a vida das pessoas e salvar vidas. A mobilidade é muito importante., mas quantas vidas foram perdidas entre Nilópolis e Mesquita por conta da falta dela, de uma ambulância que não conseguiu chegar no local de um acidente, de uma pessoa que passou mal e demorou a chegar ao outro lado da cidade? - questionou.

O viaduto e a ponte vão facilitar o acesso à estação Pavuna do metrô, através da Via Light e da Estrada do Rio do Pau, atingindo diretamente 220 mil moradores. No total, 2,3 milhões de pessoas serão beneficiadas, incluindo habitantes de Queimados, Nova Iguaçu, Belford Roxo e São João de Meriti. A previsão é que 31,5 mil automóveis, 700 ônibus, 750 caminhões e 7.500 bicicletas trafeguem pelas vias diariamente.

Para o vice-governador e coordenador de Infraestrutura do Estado, Luiz Fernando Pezão, a integração entre os governos federal, estadual e municipal foi fundamental para a conclusão da obra.

- Vi esse projeto ser licitado no governo anterior, depois cancelado por conta da burocracia. Sabemos que não é fácil fazer, mas trabalhamos para beneficiar a população. Por isso, depois que a União liberou R$ 8 milhões para a obra, o governador assinou o complemento de mais R$ 11 milhões - lembrou Pezão.

O bairro Frigorífico, onde está situado o novo viaduto também se beneficiará com as melhorias. Além de concentrar a Vila Olímpica, o CIEP Professora Stella Queiróz - onde funcionam a escolas municipais de Dança Ana Pavlova e de Música Professor Weberty Bernardino Aniceto – a região ganhará também um ginásio poliesportivo e uma concha acústica. Diversas ruas receberam novo sistema de drenagem, uma estação de tratamento de esgotos foi construída e um galpão para reciclagem de materiais será inaugurado em frente à Vila Olímpica.

Emocionado, o prefeito de Nilópolis, Sérgio Simão Sessim, disse que a construção do viaduto é um sonho da população nilopolitana há 40 anos.

- Depois de quatro décadas de luta, conseguimos tirar o viaduto do papel, que vai acompanhar o progresso de Nilópolis - falou Sessim.

O prefeito de Mesquita, Artur Messias, disse que as intervenções vão integrar não só os dois municípios, mas os dois lados de Nilópolis.

- A cidade agora vai poder implementar novas linhas de ônibus, para levar a população aos equipamentos disponíveis. Esperamos que no futuro ese viaduto possa ser ligado à Via Light e à Transbaixada - afirmou Messias.

Com o viaduto, o acesso aos equipamentos será mais fácil, o que pode ocasionar uma valorização da área. A manicure Naidê Camurça dos Santos, 46 comemorou a urbanização da área.

- Agora vai ficar mais fácil ir ao supermercado, levar minha neta Kaylane para a escola e ir ao outro lado do centro de Nilópolis. E a reforma nessa área vai dar mais segurança aos pedestres, porque aqui tinha muito assalto - espera.

Morador da localidade conhecida como Cosmorama - Beija-Flor I, o técnico em Informática André Alexandre Pereira vai economizar 20 minutos no trajeto até o trabalho, em Edson Passos.

- Antes, eu precisava dar a volta no centro de Nilópolis para trabalhar ou fazer compras. Agora, vou gastar menos tempo e combustível. O acesso a outros bairros também vai ficar mais fácil - acredita André.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Rodovia RJ-104 vai receber R$ 180 milhões em investimentos

Via passará por obras de recuperação do asfaltamento, sinalização, instalação de pontos de ônibus, passarelas e viadutos


Uma das três mais violentas do estado, a rodovia Amaral Peixoto (RJ-104) vai passar por obras de recuperação do asfaltamento, sinalização, instalação de pontos de ônibus, passarelas e viadutos. A expectativa é que o fluxo atual de 30 mil veículos da via – que liga Niterói a Itaboraí, passando por São Gonçalo e Manilha – aumente significativamente nos próximos anos devido à instalação do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) e ao crescimento das cidades do entorno. O projeto, orçado em R$ 180 milhões, será parcialmente financiado pelo
Banco Mundial e deve ser concluído em 2014.



O Governo do Estado negocia com o Banco Mundial a abertura de financiamento para investimentos na via e assinará, ainda em fevereiro, o repasse de R$ 1,8 milhão para a realização do estudo funcional. O plano define as prioridades de intervenção e a capacidade de cargas e veículos que a rodovia suporta. Segundo o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), Henrique Ribeiro, as obras levam em consideração as mudanças ocorridas e previstas para a região.



- O número de veículos que circula na RJ-104 aumentou muito depois da instalação do pedágio na BR-101 (Niterói-Manilha) e certamente não vai parar de crescer, porque as cidades do entorno, como São Gonçalo e Itaboraí, estão se desenvolvendo rapidamente. Futuramente existirá a conexão com o Arco Metropolitano e o Comperj também vai provocar o aumento do tráfego, já que pessoas de várias partes da Região Metropolitana se deslocarão para lá – afirma Henrique.



Considerada um corredor de trânsito entre Niterói, Manilha e Itaboraí, a rodovia sofre constantes intervenções de conservação. Mesmo assim, o DER-RJ registrou, de janeiro a novembro de 2011, 909 acidentes, com 16 vítimas fatais e 164 feridos. De acordo com o presidente do órgão, para reduzir esses índices e dar mais segurança aos motoristas e pedestres, a iluminação foi trocada. O sistema, inaugurado em novembro de 2011, é 33% mais econômico e preciso, composto por luminárias com alto grau de eficiência e potência. Ao todo, 555 novos postes foram instalados ao longo da via, que tem 14 passarelas.



- Já iniciamos o estudo funcional e temos até agosto para concluir o plano de reformulação da via. Além da construção de passarelas para pedestres e viadutos, estão previstos pontos de ônibus para melhorar a circulação dos coletivos, sinalização, recuperação de vias laterais e a restauração do piso em toda a sua extensão. Acreditamos que a licitação seja feita até o fim do ano e as obras, concluídas antes do fim do mandato do governador Sérgio Cabral. A proposta é melhorar o fluxo de veículos e cargas, além de minimizar o impacto dos engarrafamentos dentro dos municípios – acrescenta Henrique Ribeiro.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Trabalho de motoboy poderá ser considerado atividade perigosa

O Projeto de Lei 2865/11, do Senado, inclui as atividades de mototaxista, motoboy e serviço comunitário de rua entre aquelas consideradas perigosas. Conforme prevê a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei 5.452/43), os profissionais que atuam em áreas perigosas têm direito a adicional de 30% sobre o salário, descontados os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
Atualmente, apenas trabalhos que impliquem contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado recebem essa classificação na lei.
À época da apresentação da proposta, o autor, senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), ressaltou o crescimento do número de acidentes com motos no País. “Nos últimos cinco anos, tivemos uma média de 200 acidentes fatais por ano, ou mais de um a cada dois dia, só em São Paulo”, afirmou.
Agravamento
Desde então, com o crescimento do número de veículos de duas rodas, a situação só se agravou. De acordo com dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em nove anos – entre 2002 a 2010 – a quantidade de mortes ocasionadas por acidentes com motos quase triplicou.
Conforme o levantamento, 10.152 pessoas morreram em acidentes com motos apenas em 2010, contra 3.744 no segundo ano da década. Somente em São Paulo, o número de acidentes fatais com motocicletas totalizou 1.518 ao longo de 2010.
Tramitação
Em regime de prioridade, o projeto foi encaminhado para análise conclusiva das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Maria Neves
Edição - Juliano Pires

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Proposta reforça sinalização das travessias de pedestres

Beto Oliveira
Dep. Luiz Tibe
Tibé lamenta que a sinalização seja incipiente no Brasil.
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 2879/11, do deputado Luis Tibé (PTdoB-MG), que reforça a sinalização das travessias de pedestre.
Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro exige apenas que as travessias sejam sinalizadas com faixas pintadas no chão.
O projeto acrescenta que, nas travessias onde houver semáforos, estes deverão ter sinalização específica para pedestres: figuras humanas nas cores vermelha e verde, sincronizadas a contador digital regressivo e sinalizador sonoro diferenciado para os comandos de parar e seguir.
A implantação dessa sinalização deverá ser progressiva, atingindo 25% do total de semáforos a cada três anos, de forma cumulativa, de modo que seja completada em 12 anos.
Conforme o projeto, o agente público que descumprir essas determinações incorre em improbidade administrativa.
“A visualização regressiva do tempo disponível de retenção ou de liberação para a travessia é determinante na decisão dessas pessoas de passar ou parar, conforme a condição de mobilidade de cada um. Para o deficiente visual, o apelo sonoro representa uma ferramenta apropriada e fundamental à sua independência e locomoção segura”, afirma Luiz Tibé.
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - Wilson Silveira

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Especialistas noruegueses fazem tour pelas obras da Linha 4 do metrô

Comitiva conheceu o projeto e trocou experiências com profissionais fluminenses



Uma comitiva norueguesa visitou, nesta segunda-feira (06/02), as obras de construção da Linha 4 do metrô que vai ligar a Zona Oeste à Zona Sul da cidade, permitindo o deslocamento da Barra da Tijuca ao Centro em 35 minutos. No roteiro da visita técnica, estavam as obras de expansão da estação General Osório, as escavações em São Conrado, as obras do Emboque Barra e o canteiro central do Consórcio Rio-Barra, responsável pela construção da nova linha do metrô.

O subsecretário de Transportes, Sebastião Rodrigues, afirmou que o principal objetivo da visita foi a troca de informações.

- Eles pediram para conhecer as obras e, para nós, é muito importante trazer experiências de outros países que têm muito conhecimento sobre o assunto – disse o subsecretário.

Ao final da visita, o geólogo e presidente da Norwegian Tunnelling Society, Jan Kristiansen, disse estar impressionado com a complexidade das obras.

- O que vimos aqui é um pouco diferente do que é feito na Noruega. Nós temos outros tipos de rocha e o clima também é diferente. Nós temos que fazer proteção das rochas para a água, por exemplo. Aqui, não é necessário. Mas o trabalho é muito legal. É um grande projeto – disse Kristiansen, acrescentando que a hospitalidade no Rio é fantástica.

O trajeto da Linha 4 do Metrô terá 14 quilômetros de extensão. Esperado há 13 anos, o novo trecho do metrô vai transportar mais de 300 mil passageiros por dia, retirando das ruas cerca de dois mil veículos por hora/pico, de acordo com estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).



Município de Três Rios, na Região Centro Sul, ganha fábrica de ônibus

Nova unidade vai produzir 13 ônibus por dia e gerar 1,2 mil empregos diretos


Três Rios, na Região Centro-Sul Fluminense, vai ganhar mais uma grande indústria dentro de, no máximo, cinco meses. A empresa fabricante de ônibus Neobus, com sede em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, anunciou, nesta terça-feira (7/2), no Palácio Guanabara, a instalação de uma filial na cidade fluminense, com capacidade inicial para produzir 13 veículos por dia e empregar 1,2 mil pessoas. O governador Sérgio Cabral participou da solenidade e, na ocasião, também assinou decreto concedendo benefícios tributários para o setor.

Cabral, que estava acompanhado do vice-governador e coordenador executivo de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, destacou o grande desenvolvimento econômico de Três Rios que, nos últimos três anos, recebeu mais de 900 novas empresas, 110 somente no setor industrial, com destaque para a inauguração em novembro passado de uma fábrica da Nestlé.

– Acho que Três Rios deveria se chamar agora Quatro Rios, Cinco Rios, porque não tem mais lugar onde botar fábrica. É impressionante o crescimento da cidade!. Estou feliz de celebrar mais uma conquista não só para a cidade, mas para toda a região – disse o governador.

A empresa gaúcha vai investir R$ 90 milhões na construção das novas instalações que ficarão numa área de uma antiga unidade fabril desativada. Segundo o presidente da Neobus, Edson Tomiello, a fábrica produzirá ônibus urbanos e alguns modelos de micro-ônibus.

– Estamos nos preparando para as demandas provocadas pela Copa do Mundo e pelas Olimpíadas – afirmou o presidente da empresa.

A unidade vai fabricar inicialmente os modelos mega convencional, com capacidade para transportar até 90 passageiros, e o Iveco Cityclass, que carrega entre 19 e 41 passageiros nas seguintes versões: ônibus escolar, fretamento, turismo e executivo.

– Na sequência, havendo necessidade e disponibilidade de mão de obra e, evidentemente, aumento da demanda, iremos adicionando à nossa linha de montagem outros modelos de ônibus – adiantou o diretor de Engenharia da Neobus, Adelir José Boschetti.

A indústria de Caxias do Sul produz modelos que vão de 12 a 28 metros de comprimento. Este último, os biarticulados, que já rodam em Curitiba, Goiânia e Manaus, será adquirido pela Prefeitura do Rio para trafegar na primeira Bus Rapid Transport (BRT), entre Barra e Campo Grande, a TransOeste. O biarticulado pode transportar até 300 passageiros e é muito útil nas horas de pico. Segundo o presidente da empresa, já foram produzidos e vendidos mais de mil exemplares desses ônibus.

– Este é o maior ônibus do mundo. O maior até então era o de 25 metros de comprimento com 2,5 metros de largura. O nosso tem mais 10 centímetros de largura no corredor, o que aumenta a capacidade de passageiros – completou Tomiello.

O prefeito de Três Rios, Vinicius Farah, revelou que o Governo do Estado vai inaugurar em 30 de março uma unidade do Centro Vocacional Tecnológico (CVT), programa da Secretaria de Ciência e Tecnológica, para qualificar mão de obra para a área metal-mecânica. Além da fábrica da Neobus, a unidade pode beneficiar a unidade da T´Trans, em Três Rios, e o pólo automobilístico de Resende e Areal.

– Vai ser uma escola de Primeiro Mundo, que vai formar 2,4 mil pessoas por ano, em 16 cursos técnicos. Com quase 3,7 mil metros quadrados de área construída, esta será uma das maiores escolas técnicas do Estado do Rio – afirmou Farah.

Neobus se associa à empresa americana Navista
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A empresa gaúcha anunciou ainda a joint venture com a norte-americana Navistar para fabricação e desenvolvimento de ônibus completo sob a marca NeoStar, com foco voltado para os mercados dos Estados Unidos e da América do Sul. A Neobus de Caxias do Sul, que emprega 2,3 mil pessoas, já produziu 30 mil veículos em 12 anos de existência.

– O Estado do Rio é meu principal mercado – revelou Tomielo, acrescentando que um grande investimento está sendo feito para o desenvolvimento de uma linha diferenciada de ônibus rodoviários pesados a ser lançada em maio no mercado brasileiro.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, justificou a emissão do decreto de ajuda fiscal para o setor de fabricação de ônibus, extensiva também à fábrica da Ciferal, em Duque de Caxias.

– Este decreto tem alguns avanços. Ao estabelecer um conteúdo de peças da indústria nacional, em torno de 60%, para a fabricação dos veículos, o decreto induz à compra no mercado do Rio de Janeiro. E outro avanço é estabelecer um compromisso de ambas as empresas em relação a investimentos em inovação tecnológica – esclareceu o secretário.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Questões sobre o BRT: O passado (Pan-2007) recomenda atenção com o legado de 2016

BRT de Bogotá apresenta sinais de saturação (crédito: Arquivo)
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*Luiz Martins
postado em 06/02/2012 14:28 h
atualizado em 06/02/2012 14:40 h
É fora de dúvida que a oportunidade de o Rio sediar os Jogos Olímpicos e integrar a rede de cidades do programa da Copa do Mundo abriu para o município, e a região metropolitana do seu entorno, excepcionais perspectivas de intervenções urbanísticas estruturais. Implementadas de fato, tais modificações no perfil de ocupação e uso territorial têm inegável potencial para atacar crônicas demandas urbanas. No entanto, é fundamental não cair em atraente (e cômoda) armadilha determinista, segundo a qual projetos e promessas, uma vez anunciados, teriam, por si só, o mágico poder de transformar a vontade em realidade. Em outras palavras, este é um momento que exige do poder público planejamento e trabalho sério, em vez de submissão a uma panaceia.
Tomemos como exemplo as anunciadas alterações no sistema viário e no programa de transportes de massa, especialmente a implantação do Bus Rapid Transit (ou BRT). Sua adoção pode representar uma revolução na oferta de serviços para a população. Consiste, em linhas gerais, na criação de vias exclusivas para ônibus, geralmente articulados e com pontos fixos. O trânsito por pistas segregadas facilita o planejamento da operação do sistema, com a implantação de “linhas inteligentes” de acordo com a demanda de cada área atendida. É uma opção moderna, ademais da vantagem de reduzir a agressão ao meio ambiente, no caso da adoção de Energia Limpa (combustível não poluente), como se espera que seja feito no Rio.
"Adotar o BRT sem um efetivo planejamento representará o colapso de uma boa e eficiente solução para os problemas do caos do transporte carioca"
A dúvida em relação ao BRT como alternativa ao caos do transporte de massa decorre menos do sistema que de sua implantação. O ceticismo tem a ver com o software, e não com o hardware, embora se deva observar cuidado também com a operacionalidade do programa a médio e longo prazos. O sistema do Rio é inspirado no BRT de Bogotá, o mais bem-sucedido exemplo de adoção de ônibus articulados posto em prática no mundo nos últimos dez anos. A superação de demandas de curto prazo do transporte de massa na capital colombiana foi espetacular, mas lá o sistema já emite sinais de saturação – e até mesmo já se discute a necessidade de expandir a oferta de serviços para além das vias exclusivas de ônibus articulados. Explicitamente, investir também em novas malhas do metrô, uma opção que, ao menos até onde a vista alcança, aqui no Rio seria desastrosa, em razão dos custos bem mais elevados e, não se pode esquecer, da comprovada (e teme-se que irremediável) ineficiência dos serviços de transporte sobre trilhos do Rio de Janeiro. O BRT deve ser um desafogo do metrô, e não o contrário.
É aqui que fica o cerne da questão. Adotar o BRT sem um efetivo planejamento representará o colapso de uma boa e eficiente solução para os problemas do caos do transporte carioca. Neste particular, o poder público é inteiramente responsável pelo que vier de fato a ocorrer nos próximos anos. E o passado recente não ajuda a desfazer receios. O exemplo mais palpável é o fictício legado do Pan 2007. Mobiliários e equipamentos urbanos construídos sob a – como se veria logo após o encerramento da competição – falsa promessa de que seriam incorporados à cidade como benefícios para a população estão hoje ao abandono. Na verdade, o projeto Pan funcionou com especial perfeição apenas numa ponta – aquela que remunerou as empresas convocadas para o “esforço” de mudar o perfil urbanístico do Rio. Teme-se que essa seja a ponta com a qual, novamente, os organismos oficiais de financiamento estejam de fato se preocupando.
"A superação de demandas de curto prazo do transporte de massa na capital colombiana foi espetacular, mas lá o sistema já emite sinais de saturação"
Fica o alerta. O BRT é opção moderna e com potencial para ajudar o Rio a superar as atuais dificuldades do transporte de massa. Mas o sistema deve ser pensado, prioritariamente, como um benefício para a população, vítima de ônibus, metrô e trens superlotados, desconfortáveis e impontuais. Não podemos permitir que, a exemplo do que ocorreu no Pan, seja uma boa ideia apenas para engordar o caixa de empresas e cevar contas suspeitas. O Rio não pode mais perder o bonde da História.
*Luiz Martins é deputado estadual (PDT-RJ) é integrante da Comissão de Transportes da Alerj. O artigo foi originalmente publicado na edição desta segunda-feira (6) do jornal "O Globo"



Proposta reforça sinalização das travessias de pedestres

Beto Oliveira
Dep. Luiz Tibe
Tibé lamenta que a sinalização seja incipiente no Brasil.
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 2879/11, do deputado Luis Tibé (PTdoB-MG), que reforça a sinalização das travessias de pedestre.
Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro exige apenas que as travessias sejam sinalizadas com faixas pintadas no chão.
O projeto acrescenta que, nas travessias onde houver semáforos, estes deverão ter sinalização específica para pedestres: figuras humanas nas cores vermelha e verde, sincronizadas a contador digital regressivo e sinalizador sonoro diferenciado para os comandos de parar e seguir.
A implantação dessa sinalização deverá ser progressiva, atingindo 25% do total de semáforos a cada três anos, de forma cumulativa, de modo que seja completada em 12 anos.
Conforme o projeto, o agente público que descumprir essas determinações incorre em improbidade administrativa.
“A visualização regressiva do tempo disponível de retenção ou de liberação para a travessia é determinante na decisão dessas pessoas de passar ou parar, conforme a condição de mobilidade de cada um. Para o deficiente visual, o apelo sonoro representa uma ferramenta apropriada e fundamental à sua independência e locomoção segura”, afirma Luiz Tibé.
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - Wilson Silveira

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Projeto obriga caminhoneiros autônomos a realizarem exames médicos periódicos

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3030/11, do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que obriga os motoristas de caminhão autônomos a realizarem exames médicos periódicos. Segundo a proposta, os exames serão repetidos com frequência variada, levando em conta a idade do trabalhador e sua condição de saúde, mas devem ser realizados em intervalos mínimos de dois anos.
Brizza Cavalcante
Aguinaldo Ribeiro
Ribeiro: será preciso criar mecanismo de fiscalização e oferecer condições de o SUS realizar os exames exigidos.
As regras quanto à periodicidade dos exames, à exigência de eventuais exames complementares e aos mecanismos de controle para garantir a aplicação da lei serão definidas pelo Executivo. A determinação entrará em vigor 180 dias depois da sanção da lei.

O projeto é semelhante ao PL 2895/08, do ex-deputado Barbosa Neto, que foi arquivado com o fim da legislatura anterior.

Aguinaldo Ribeiro lembra que a legislação não exige de autônomos a realização de exames médicos. “Dificilmente esse profissional terá a consciência e a motivação necessárias para submeter-se a exames preventivos, colocando em risco não apenas seu bem-estar, mas também a vida da população geral que trafega pelas estradas brasileiras”, argumentou.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Rodrigo Bittar
Edição – Natalia Doederlein

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Governo do Estado e Neobus anunciam fábrica de ônibus em Três Rios

O governador Sérgio Cabral e o presidente da Neobus, Edson Tomiello, anunciam instalação de fábrica de ônibus da empresa em Três Rios, em cerimônia oficial no Salão Nobre do Palácio Guanabara, amanhã, às 10h.

Serviço: Anúncio de instalação da Neobus em Três Rios
Data: 07/02/2012
Hora: 10h
Local: Salão Nobre do Palácio Guanabara (Rua Pinheiro Machado, s/nº – Laranjeiras)