sábado, 16 de abril de 2011

Entrega de obra da "Curva da Morte" é adiada

Ribeirão Preto - A entrega da duplicação da Rodovia Cândido Portinari na região da Serra da Rifaina, cidade na região de Franca que faz divisa com Minas Gerais, foi adiada pela terceira vez em menos de seis meses. No trecho, conhecido como "Curva da Morte", pelo menos 60 pessoas perderam a vida nos últimos 15 anos em acidentes automobilísticos. A obra prevê a duplicação da pista e a construção de viadutos entre os quilômetros 457 e 460 da rodovia.

Depois de seguidos não-cumprimentos de prazo, as expectativas mais otimistas dão o fim de abril como data mais provável de entrega - se não chover na região. Mas os trabalhadores da obra e até os engenheiros da empresa contratada colocam maio como a possibilidade mais concreta para a entrega das obras. A obra estava prevista para ser entregue em outubro de 2010 e foi adiada para o fim de março de 2011, prazo que também não foi cumprido.

A justificativa foram as chuvas do mês passado, que interromperam o avanço dos serviços que dão forma ao terceiro viaduto que duplicará a pista. No total, já estão prontos 2,5 quilômetros das obras, restando aproximadamente 900 metros para sua conclusão. Para o prefeito de Franca, Sidnei Franco da Rocha (PSDB), embora a demora na entrega seja prejudicial, o mais relevante é que o problema da "Curva da Morte", que por décadas aterrorizou e ceifou a vida de centenas de pessoas, será resolvido. "Claro que queremos a resolução mais rápida, mas entendemos que as questões climáticas tenham atrasado um pouco as obras", informa.


Justificativas

Responsável pela construção, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou, por meio da sua assessoria, que em alguns dias do mês de março os serviços ficaram totalmente paralisados por causa das chuvas. Agora que o tempo voltou a ficar estável na maior parte dos dias, a obra foi retomada por completo e já está em fase de acabamento.

A previsão é que o serviço seja concluído neste mês, mas o DER preferiu não antecipar se a entrega será na primeira ou segunda quinzena de abril. Para acelerar os serviços, a Leão Engenharia, empresa responsável pela obra, afirma ter contratado 50 homens, mas tem contado com outros 30 operários, alocados de acordo com o desenvolvimento dos trabalhos nessa reta final. O engenheiro Gustavo Leonal, especialista em construção de grandes obras, informa que, para cada dia de chuva, o prazo inicial da obra deve ser acrescido de dois dias. "É o tempo para que o trabalho seja feito com segurança e que não existam perdas evitáveis".


A obra

Para a obra, foi necessário destruir a rocha aos poucos com explosões em dinamite e britadeiras utilizadas no local. As obras, que consumirão cerca de R$ 29 milhões, foram realizadas pela Leão Engenharia, empresa de Ribeirão Preto que venceu a licitação promovida pelo governo do estado. Embora a rodovia Cândido Portinari contenha pedágios no trecho entre Ribeirão e Franca, que conta com pista duplicada, de Franca até Rifaina a pista é simples e sem pedágios. O principal objetivo da obra é modificar o ângulo da curva da serra da Rifaina, que é muito acentuado e não oferece ao motorista uma segurança necessária para tráfego.

No último acidente mais grave, ocorrido em março do ano passado, cinco pessoas morreram e outras três ficaram gravemente feridas. As vítimas estavam numa perua Kombi que carregava alunos para a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Franca que acabou tombando e colidindo com um caminhão. Mas o maior acidente no local aconteceu em 2002, quando um ônibus que levava estudantes de Rifaina para Franca perdeu o controle e tombou no local. Na ocasião, 20 jovens morreram e outros 15 ficaram feridos.


Mais problemas

Mas a situação dos motoristas que trafegam pela Cândido Portinari no trecho de pista simples não deve melhorar muito, mesmo com a finalização da obra. No trecho entre a entrada de Jeriquara e Rifaina, as chuvas dos últimos dias fizeram com que os buracos tomaram conta da estrada. Em alguns trechos, camadas de asfalto se soltaram provocando desníveis. A situação é ruim dos dois lados da pista, mas um pouco pior para quem dirige sentido a Rifaina. No quilômetro 60, próximo à cidade de Pedregulho, há pelo menos 500 metros contínuos de pista danificada.

Depois do posto da Polícia Rodoviária, outro longo trecho apresenta problemas. Quem está acostumado com o trajeto redobra a atenção, mas os motoristas desprevenidos se surpreendem com as pancadas que o carro recebe a cada buraco. "Fui para o rancho em Rifaina dias atrás, à noite. Com chuva e neblina, era praticamente impossível enxergar os buracos. Por prudência, meu marido diminuiu a velocidade e, o percurso que dura em média 50 minutos, fizemos em quase uma hora e meia", disse a auxiliar de escritório francana Kelly Cristina Silva.

A situação colocou o DER em alerta. O departamento de estradas prometeu, inclusive, intensificar as obras de reparo no trecho. "É um serviço constante e necessário em épocas de chuvas nas várias estradas administradas pelo DER", disse a assessoria da empresa. A assessoria não informou quanto tempo deverá levar para corrigir os estragos causados pela chuva e nem quanto vai gastar com a operação tapa-buraco.



Leia a Biblia

(Isaías 9:6b) – e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

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