quinta-feira, 28 de abril de 2011

Estado de MS precisa de R$ 12 bilhões para melhorar o transporte



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Foto: Valdenir Rezende
Melhoria das rodovias demandaria R$ 12,3 bilhões inicialmente em MS
Mato Grosso do Sul precisa de R$ 12,3 bilhões para colocar em prática as recomendações da Confederação Nacional do Transporte (CNT), listadas no Plano de Transporte de Logística 2011, como importantes para o desenvolvimento do Estado. Apenas as 12 obras rodoviárias consideradas necessárias para reduzir acidentes, diminuir gastos com combustíveis e manutenção de veículos – diminuindo principalmente custos do escoamento agrícola – representam 52,8% desse montante, cerca de R$ 6,5 bilhões.
De acordo com a CNT, MS tem pelo menos 2,8 mil quilômetros de rodovias necessitando de algum tipo de obra. Apenas de recuperação da malha, são mais de 1,7 mil quilômetros. Outros 495 quilômetros precisam de duplicação de pista; 310 quilômetros, de criação de faixa adicional para acomodar o fluxo de veículos e, 265 quilômetros ainda não têm o básico, a pavimentação.
A recuperação do pavimento é o mais oneroso. A estimativa é de que os oito trechos indicados pela Confederação cheguem a R$ 2,8 bilhões. Até agora apenas dois deles, segundo o deputado federal Edson Giroto, estão com obras em andamento, o de 624 quilômetros da BR-267, entre Porto Murtinho e Bataguassu; e o de 217 quilômetros da BR-262, entre Miranda e Ladário. “Nesses trechos, que estão praticamente 80% concluídos, estão sendo gastos R$ 650 milhões”, afirma.
Estão com recursos garantidos, porém ainda sem previsão de início ou conclusão das obras, trechos da MS-306 – considerada a pior do Estado – e da BR-060, entre Bandeirantes e Cassilândia. Em fase de licitação, estão 361 quilômetros das BR-158 e MS-306, entre Chapadão do Sul e Três Lagoas.
E, sem previsão alguma ou ainda em fase de projeto, 89 quilômetros da BR-060, entre Jardim e Bela Vista e 84 quilômetros da BR-419, entre Anastácio e Nioaque. Ambos trechos também estão inseridos no Plano de Transporte de Logística 2011.
Duplicação
A segunda obra mais cara, porém, essencial para o barateamento do transporte de produção agrícola e minério de ferro é a duplicação da BR-163. Os 495 quilômetros apontados pela CNT, se acatados pelo governo e incluídos no calendário de obras, devem custar mais de R$ 2,6 bilhões aos cofres públicos.
Uma pequena parte desse montante foi liberado, apenas R$ 104 milhões até agora para começar a criação de novas pistas da principal rodovia utilizada para o escoamento da safra de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – maiores produtores brasileiros de grãos – rumo à região sul e sudeste do País.
Há ainda a necessidade de outros R$ 537,8 milhões, para 265 quilômetros de pavimentação das BR-359 e MS-395, que ligam Coxim à Costa Rica e Bataguassu à Anaurilândia. Segundo Giroto, desse montante, cerca de R$ 300 milhões foram garantidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a BR-359 e, por conta disso, boa parte da obra já está sendo executada. Quanto à MS-395, a pavimentação ainda depende de projeto e recursos estaduais.
A criação de faixa adicional na BR-262 entre Campo Grande e Três lagoas, também considerada importante, principalmente para reduzir custos de consumo de combustível, tempo de viagem e de acidentes é outra obra que ainda não foi incluída nos planos do governo. Com valor aproximado de R$ 517 milhões, 310 quilômetros seriam beneficiados, de acordo com a CNT.

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