segunda-feira, 4 de abril de 2011

Empreiteira alerta para risco da ponte Hercílio Luz desabar

A estrutura está em reforma desde o governo de Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e o custo da obra é de R$ 170 milhões  
Crédito: Fabrício Escandiuzzi/Especial para Terra   
A ponte Hercílio Luz, principal cartão postal de Santa Catarina





















A ponte Hercílio Luz, principal cartão postal de Santa Catarina e que vem sendo restaurada pelo governo estadual, estaria sob risco de desabamento desde 1982. A afirmação é do presidente do Departamento de Infra-Estrutura do governo (Deinfra), engenheiro Paulo Henrique Meller, que alerta para o comprometimento de três das quatro rótulas de sustenção da estrutura.

O caso ganhou forte repercussão nesta segunda-feira depois que responsáveis pela empreiteira que coordena a restauração falaram sobre o possível risco de queda da ponte. A estrutura está em reforma desde o governo de Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e este ano o atual governador, Raimundo Colombo (DEM), declarou que os custos da reforma, avaliados em R$ 170 milhões, seriam muito elevados.

"Nenhum engenheiro que conhece a estrutura da ponte pode garantir com segurança que ela não vá cair", disse o presidente do Deinfra, afirmando que desde 1982, ano em que a ponte foi interditada, relatórios apontavam para problemas no local. "Há 29 anos foi proibido o tráfego de veículos e retirados os sobrepesos, como a capa asfáltica. Em relação à carga, a ponte está confortável. Relatórios daquela época já apontavam esse risco", disse Paulo Henrique Meller.

Apesar da declaração, Meller disse que o quadro não seria "alarmante". Segundo o engenheiro, o problema ocorre nas rótulas de sustentação, que se tornaram mais desgastadas em função do tempo. "As torres centrais estão em cima de quatro rótulas, projetadas para balançar. Três delas apresentam excesso de corrosão e se tornaram mais rijas", disse.

O projeto de restauração se encontra em uma das fases mais complexas. Uma nova estrutura está sendo montada no mar para sustentar o vão central enquanto a ponte é recuperada. No orçamento de 2011, foram dispobilizados R$ 14 milhões para a restauração. O presidente do Deinfra garantiu que os recursos para os estaqueamentos e alterações no vão central estão garantidos, mas afirmou que está tentando buscar investidores para recuperar a construção da década de 1920.

Fonte: Fabrício Escandiuzzi/Terra

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