domingo, 6 de março de 2011

VW SpaceFox e Peugeot 207 SW esquecem a embreagem

Câmbio automático e/ou automatizado não é privilégio só de hatches e sedãs. O segmento de peruas compactas também é servido por este aliado contra a fadiga no trânsito urbano. Neste mercado, há três modelos disponíveis: Fiat Palio Weekend Dualogic, Volkswagen SpaceFox I-Motion e Peugeot 207 SW Automatic, em ordem decrescente de vendas. Entre eles, somente o Peugeot possui transmissão automática, enquanto os outros dispõem da caixa automatizada. Como o Fiat está bem mais à frente no número de unidades emplacadas e 2010, o iCarros selecionou, então, as peruas da Volks e da Peugeot para serem avaliadas.

A versão Sportline I-Motion do SpaceFox custa R$ 58.630, contra R$ 50.300 (mais R$ 900 de pintura metálica, a não ser que você deseje um carro branco) da opção XS Automatic do 207 SW. O primeiro traz airbag duplo, retrovisor externo com seta e rebatimento ao engatar a ré, retrovisor interno eletrocrômico, direção hidráulica, ar-condicionado, sensor de chuva e de farol, freios ABS, rodas de liga leve de 15 polegadas e trio elétrico. O segundo vem de fábrica com os mesmos itens, com exceção dos três primeiros que foram citados e com a diferença de que, no Peugeot, o ar é digital.

Motor 1.6 bicombustível, mas com câmbios distintos

Ambas as peruas são servidas por um bloco 1.6 bicombustível. O Peugeot, no entanto, tem 16V, e é um pouco mais potente, com seus 113 cv de potência máxima com álcool contra 104 cv do SpaceFox. O torque é praticamente o mesmo: 15,6 mkgf para o 207 SW e 15,6 mkgf para o SpaceFox, com a diferença de o VW atingir a força máxima aos 2.500 giros, enquanto o Peugeot chega nas 4.000 rpm.

No que diz respeito à performance do motor, os dois carros têm desempenho semelhante, com a diferença de o Peugeot ter um pouco mais de disposição para alcançar velocidades mais altas. O que diferencia os modelos, no entanto, é o câmbio. O automatizado de cinco velocidades do SpaceFox atua melhor quando as mudanças são feitas no modo manual (por meio das borboletas ou da alavanca), já que, dessa forma, os “buracos” entre uma mudança de marcha e outra são menos sentidos. O Peugeot sofre menos trancos, mas quando a velocidade é reduzida e precisa ser retomada, dá-lhe chicote no pescoço dos motoristas.

Em ambos os casos, tanto a solução do automático como a do automatizado exige costume por parte do motorista. Em baixas velocidades, como no trânsito, as trocas de marchas são menos perceptíveis, mas ao ganhar avenidas e rodovias, pode ser que o condutor fique desapontado com o “raciocínio” lento do sistema. No caso do SpaceFox, há outro agravante: na maioria das vezes, o carro morre depois da primeira partida.

Estilo e porta-malas diferenciam perfis de clientes

O SpaceFox passou por uma reformulação estética em junho do ano passado. As mudanças deixaram a configuração familiar do Fox mais arrojada e urbana. Em comparação ao Peugeot, que é a versão família do 207, o conjunto do SpaceFox é mais harmonioso, já que no Peugeot, a traseira é um tanto quanto polêmica, no estilo “ame ou odeie”.

Na cabine, simplicidade em ambos os casos. Mesmo em suas versões topo de linha, faltou qualidade no acabamento. Há muito plástico e pouca inovação na disposição dos elementos. No Peugeot ainda conta contra o fato de os comandos de acionamento do vidro estarem perto do freio de mão, em vez das portas. Compactas, as peruas dispõem de espaço limitado no porta-malas, apesar de ser suficiente para casais e famílias pequenas. São 430 litros no Volks e 313 litros no Peugeot.

Veredicto de Anelisa Lopes – a proposta de câmbio é mais acertada no 207 SW, já que o desempenho do sistema junto do motor é mais suave e menos suscetível a trancos entre as mudanças de velocidade. Por outro lado, o SpaceFox acomoda com mais conforto, tem uma maior oferta de equipamentos e conta com um projeto mais moderno e, por esses motivos, leva o comparativo de peruas compactas.

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