A capital amazonense tem a situação mais complicada no caso da mobilidade urbana. Documento aponta que Monotrilho e BRT devem ficar prontos apenas em abri de 2014.
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Brasília, 10 (Agência Estado) - Cinco das 12 cidades que serão sedes da Copa de 2014 estão com o calendário das obras para transportar torcedores e turistas tão atrasado que nem sequer assinaram contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal (CEF). Do total de investimentos planejados para as chamadas "obras de mobilidade urbana", apenas uma capital, Belo Horizonte, pode afirmar que começou a tirar os projetos do papel e a usar o dinheiro que será empenhado (no caso da capital mineira, a previsão é que sejam R$ 65,8 milhões)
Manaus tem a situação mais complicada no caso da mobilidade urbana para a Copa. Com 20,2 quilômetros de monotrilho e mais 23 quilômetros de BRT programados, a capital do Amazonas entrou oficialmente em alerta crítico, segundo avaliação que está em um documento coordenado pelo Ministério do Esporte.
A previsão oficial de conclusão do monotrilho entre a região norte e o centro da cidade, ligando a rodoviária, a área dos hotéis e o estádio, é que a obras só deve ficar pronta em abril de 2014.
Além disso, as obras enfrentam restrições do Ministério Público, e tanto a licitação como o financiamento para as obras estão suspensas por recomendação dos procuradores.
Segundo dados da CEF, as duas obras iniciadas em Belo Horizonte são a construção de vias exclusivas para ônibus nas avenidas Antonio Carlos e Pedro I e o Boulevard Arrudas-Tereza Cristina.
Documento de acompanhamento das obras da Copa indica que mais da metade das intervenções previstas na rubrica de mobilidade urbana (56%) já sofreu atrasos no seu cronograma, sem contar com o caso de Manaus, claramente o mais problemático segundo esse relatório.
Os investimentos públicos no Mundial de futebol que o Brasil organizará daqui a três anos somam quase R$ 24 bilhões, incluindo estádios, aeroportos e portos. Metade desse valor, R$ 11,8 bilhões, será gasto nas obras de mobilidade urbana.
Conclusão: a apenas sete meses do prazo final fixado pela presidente Dilma Rousseff para o início de todas as obras - dezembro deste ano -, até agora só foi investida a irrisória porcentagem de 0,5% do dinheiro prometido.
Veículos Leves
As obras dos corredores de BRT (do inglês Bus Rapid Transit), faixas preferenciais, veículos leves sobre trilhos (VLT) e monotrilhos são as que consumirão a maior fatia do dinheiro público a ser gasto na Copa do Mundo de 2014.
Levantamento feito pela reportagem nas bases de dados da Caixa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pelo financiamento do BRT do Rio de Janeiro, mostra que cinco cidades não assinaram contratos de financiamento (Manaus, Recife, Fortaleza, Natal e Brasília).
Além das duas obras de Belo Horizonte, o governo registra o início de mais três obras, mas que ainda não tiveram desembolsos de dinheiro público: o BRT do Rio de Janeiro, a Via Mangue, em Recife, e o Corredor Mário Andreazza, em Cuiabá.
Vícios Insanáveis
O Ministério Público Federal também apontou problemas em projetos e licitações realizados por Brasília, São Paulo e Belo Horizonte.
No caso da capital federal, os procuradores encontraram "vícios insanáveis" na licitação para a construção do VLT, segundo apontam em relatório oficial.
Para Luiza Gomide, diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, o transporte de torcedores e turistas é, de longe, o maior e mais caro desafio da organização do evento. "As obras de mobilidade urbana são o grande problema da Copa, o problema mais difícil e que leva a maior fatia dos recursos públicos", avalia ela. "Os municípios e Estados estão trabalhando, mas é inevitável que os projetos e as obras sejam mais complexos do que o esperado, por causa das intervenções urbanas", completou.
A diretora reafirmou que o prazo para o início das obras é dezembro deste ano, conforme orientação dada pela presidente Dilma Rousseff a governadores e prefeitos em reunião recente em Brasília.
Manaus tem a situação mais complicada no caso da mobilidade urbana para a Copa. Com 20,2 quilômetros de monotrilho e mais 23 quilômetros de BRT programados, a capital do Amazonas entrou oficialmente em alerta crítico, segundo avaliação que está em um documento coordenado pelo Ministério do Esporte.
A previsão oficial de conclusão do monotrilho entre a região norte e o centro da cidade, ligando a rodoviária, a área dos hotéis e o estádio, é que a obras só deve ficar pronta em abril de 2014.
Além disso, as obras enfrentam restrições do Ministério Público, e tanto a licitação como o financiamento para as obras estão suspensas por recomendação dos procuradores.
Segundo dados da CEF, as duas obras iniciadas em Belo Horizonte são a construção de vias exclusivas para ônibus nas avenidas Antonio Carlos e Pedro I e o Boulevard Arrudas-Tereza Cristina.
Documento de acompanhamento das obras da Copa indica que mais da metade das intervenções previstas na rubrica de mobilidade urbana (56%) já sofreu atrasos no seu cronograma, sem contar com o caso de Manaus, claramente o mais problemático segundo esse relatório.
Os investimentos públicos no Mundial de futebol que o Brasil organizará daqui a três anos somam quase R$ 24 bilhões, incluindo estádios, aeroportos e portos. Metade desse valor, R$ 11,8 bilhões, será gasto nas obras de mobilidade urbana.
Conclusão: a apenas sete meses do prazo final fixado pela presidente Dilma Rousseff para o início de todas as obras - dezembro deste ano -, até agora só foi investida a irrisória porcentagem de 0,5% do dinheiro prometido.
Veículos Leves
As obras dos corredores de BRT (do inglês Bus Rapid Transit), faixas preferenciais, veículos leves sobre trilhos (VLT) e monotrilhos são as que consumirão a maior fatia do dinheiro público a ser gasto na Copa do Mundo de 2014.
Levantamento feito pela reportagem nas bases de dados da Caixa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pelo financiamento do BRT do Rio de Janeiro, mostra que cinco cidades não assinaram contratos de financiamento (Manaus, Recife, Fortaleza, Natal e Brasília).
Além das duas obras de Belo Horizonte, o governo registra o início de mais três obras, mas que ainda não tiveram desembolsos de dinheiro público: o BRT do Rio de Janeiro, a Via Mangue, em Recife, e o Corredor Mário Andreazza, em Cuiabá.
Vícios Insanáveis
O Ministério Público Federal também apontou problemas em projetos e licitações realizados por Brasília, São Paulo e Belo Horizonte.
No caso da capital federal, os procuradores encontraram "vícios insanáveis" na licitação para a construção do VLT, segundo apontam em relatório oficial.
Para Luiza Gomide, diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, o transporte de torcedores e turistas é, de longe, o maior e mais caro desafio da organização do evento. "As obras de mobilidade urbana são o grande problema da Copa, o problema mais difícil e que leva a maior fatia dos recursos públicos", avalia ela. "Os municípios e Estados estão trabalhando, mas é inevitável que os projetos e as obras sejam mais complexos do que o esperado, por causa das intervenções urbanas", completou.
A diretora reafirmou que o prazo para o início das obras é dezembro deste ano, conforme orientação dada pela presidente Dilma Rousseff a governadores e prefeitos em reunião recente em Brasília.
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