sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A cada hora e meia um caminhão de carga é roubado no Rio de Janeiro

Índice de roubos de carga triplicou nos últimos cinco anos


Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a cada hora e meia um caminhão de cargas é roubado no Estado. O estudo foi feito de acordo com números oficiais repassados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).

De 2011 a 2016 os casos de roubo de cargas triplicaram no Estado do Rio de Janeiro. No ano passado, mais de 9.800 casos foram registrados.

O prejuízo que os comerciantes acumulam com a perda de mercadorias acaba sendo repassado aos consumidores, pois se faz necessário um maior investimento em segurança, tecnologia, e rastreamento, encarecendo assim o preço final de seus produtos.

 

Tiroteio entre bandidos e policiais fecha Arco Metropolitano em Japeri no Rio

 Um tiroteio entre assaltantes e policiais militares fechou o Arco Metropolitano, no Km 87, altura de Japeri, na manhã desta sexta-feira (17). Os criminosos tentavam assaltar um caminhão de entregas, Cabine Branca, baú alumínio foi abordado juntamente com os agentes de escolta por aproximadamente 20 bandidos armados de fuzis e pistolas, que chegaram efetuando disparos contra os vigilantes. Em seguida, após a chegada do apoio policial, houve uma intensa troca de tiros entre as polícias e os assaltantes, que fizeram fuga em sentido a comunidade do Guandu.

A Polícia Militar solicitou ajuda da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para capturar os criminosos, além do reforço de dois helicópteros.

Os criminosos começaram a fazer disparos da mata contra a aeronave PRF. Até às 11h45 o arco continuava fechado. 
 
Um dos agentes de escolta identificado como Yago Aguiar de Santana, foi atingido por um tiro de fuzil no local. 
 
Foi disponibilizado o helicóptero da PRF para apoio aéreo e suporte das operações terrestres. GAT do15º BPM e do 24º BPM acionados para o local.
O local é de constantes assaltos a carros, ônibus e caminhões, já que dá acesso a comunidade do Guandu em Engenheiro Pedreira / Japeri, RJ
 
Dois homens foram preso e o caminhão com a carga foi recuperado pelos policiais.

A Firjan (Federação das Indústrias do Estado de Rio de Janeiro) divulgou um estudo, nesta quinta-feira (17), mostrando que o Rio registrou cerca de 10 mil casos de roubos de cargas em 2016, o equivalente um prejuízo de R$ 619 milhões. Os dados são do estudo "O impacto econômico do roubo de cargas no estado do Rio de Janeiro".

Segundo a Firjan, as áreas que concentraram as ocorrências têm registros de atuação do crime organizado, principalmente de tráfico de drogas. Só a Região Metropolitana concentrou 94,8% dos roubos.

Ainda segundo o estudo, de 2011 a 2016, o Estado do Rio contabilizou mais de 33,2 mil ocorrências de roubos de carga, o equivalente a um episódio a cada 1 hora e 35 minutos. O resultado significa um salto de 220,9% no total desse tipo de crime no período, com prejuízo acumulado de R$ 2,1 bilhões.
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Carro de professora é atacado no Arco Metropolitano na altura de Japeri RJ

 A professora e moradora de Vassouras, Fabíola Assed, passou por momentos de tensão e pânico na última sexta-feira (3), ao ser vítima de um ataque de bandidos enquanto dirigia pelo Arco Metropolitano – rodovia que liga Duque de Caxias ao porto de Itaguaí.
Ela estava acompanhada do marido e seguia para Cabo Frio, Região dos Lagos, quando teve o caminho bloqueado por cerca de 10 homens fortemente armados. Por sorte, ela e o marido não se feriram, mas o que ficou foi o medo e a sensação de insegurança.

– Eu sempre ouvia histórias sobre ataques naquela região, já havia passado por lá outras vezes, mas a gente nunca acha que vai acontecer conosco.
Pensava até que as pessoas exageravam. E nesse dia, estávamos eu e meu marido, por volta das 16h, 17h, numa viagem tranquila quando de repente, do meio do mato, saíram cerca de oito, 10 homens, fortemente armados e pararam na frente do carro. Eu lembro só do meu marido dizendo: “Acelera Fabíola, não para, acelera”.

Eu abaixei a cabeça e mantive a mão firme no volante e acelerei, sem saber em que direção estava indo e os bandidos atirando. Não sei nem como passei por eles – contou a professora que teve o carro, um Fiat Linea, atingido por pelo menos dois tiros, um deles atingindo a placa e o outro o pneu dianteiro.
Por causa do tiro que atingiu o pneu da frente, Fabíola e o marido foram obrigados a parar um pouco mais à frente para poder trocá-lo. O que aumentou ainda mais o medo de serem atacados pelos criminosos.

– Conseguimos seguir por mais ou menos um quilômetro, mas como um dos tiros atingiu o pneu da frente, e eu continuei acelerando, ele se esfacelou, chegando ao aro. O carro não respondia mais aos meus comandos e fomos obrigados a parar para trocar. Queríamos trocar logo porque tínhamos medo daqueles bandidos nos alcançarem. Quando parei olhei todo o meu corpo para ver se não tinha sido atingida por algum tiro. Nós até pedimos ajuda, mas ninguém parou, só depois, quando já estávamos trocando que um senhor nos ajudou e ligou para o 190 da Polícia Militar, que enviou uma viatura até onde estávamos. Não acho que foi por maldade, o brasileiro é solidário, mas o medo causa isso – comentou se referindo a não ter tido sucesso de imediato ao pedir ajuda.
Fabíola disse que no momento em que viu aqueles homens na estrada não deu tempo para pensar em muitas coisas e que agiu por instinto.

– É muito rápido, tudo acontece numa fração de segundos. Eu estava a 80km/h mais ou menos, ouvindo música, tranquila e na hora que vi tive medo pela violência da abordagem. Depois que contei o caso na minha rede social, recebi diversas mensagens e pessoas dizendo que também passaram pela mesma situação, mas que pararam e tiveram o carro levado pelos bandidos. Eu não parei porque não sabia o que podia acontecer. Achei que eles fossem me matar, se fosse só o carro eu teria parado – disse ela, que completou: “Mas o que mais me assustou foi a faixa etária daquelas pessoas. Eram adolescentes, muito jovens. Tinham aparência de 17 anos e segurando armas, uma parecia uma metralhadora, outra uma espingarda, e muitos com revólveres”.
Ao ser questionada se fez o boletim de ocorrência numa delegacia da Polícia Civil sobre o ataque, a professora disse que não realizou até pela abordagem policial feita no dia do caso.
– Eles chegaram e perguntaram onde tinha sido, disseram que ali era perigoso, mas não nos orientaram. Não os culpo, porque é difícil trabalhar sem pagamento, ter empenho num estado falido e principalmente sem aporte. Eles trabalham sem condições de estarem ali – opinou.
Fabíola ainda disse que daqui para frente não pensa em utilizar mais o Arco Metropolitano.

– Voltei para casa às 7h da manhã sem passar por lá, e agora Arco Metropolitano nunca mais. É uma pena porque é uma ótima estrada, com relação ao asfalto, não há o congestionamento de uma Rio-Niterói ou Linha Vermelha, mas é melhor isso do que passar por essa situação mais uma vez. Infelizmente é uma estrada que está abandonada. O asfalto é ótimo, um tapete, mas não vale o risco. Nem mesmo sinal de celular há em alguns trechos. Nós conseguimos chamar a polícia quando deu sinal, porque na maior parte não tem – relatou ela que espera que a sua história sirva de alerta para outros.

– Espero que a minha história sirva de alerta para outras pessoas. Antes de passar por isso eu já ouvia, mas não dava valor. Mas foi algo assustador, cena de filme – finalizou.

Medo e falta de estrutura derrubam tráfego no Arco

A falta de segurança na estrada é motivo para que muitos motoristas evitem utilizar a rodovia, mesmo estando com o asfalto em excelentes condições e não havendo registros de engarrafamentos como outras. Inaugurada em 2014, a previsão era que o local recebesse em média 30 mil veículos por dia. A estimativa atual é que apenas seis mil veículos trafeguem pelo Arco Metropolitano.
Além da insegurança, os motoristas não contam com pontos de apoio ou telefones de socorro, postos de combustíveis nos 71 quilômetros de extensão da rodovia e até mesmo, como citou a professora Fabíola, sinal de celular na maior parte dos trechos.
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Em Uma rede social a Fabíola relatou tudo que passou. Confira 
"Ainda não consegui relaxar devido ao que eu e meu marido José Paulo, passamos por volta das 17h ao viajar pelo Arco Metropolitano, numa aparente viagem tranquila, ali entre Japeri e Engenheiro Pedreira, do nada saíram do meio do mato entre 8 a 10 bandidos, todos fortemente armados, partiram pra cima do nosso carro, entrando na frente e atirando muitoooo, nós não tivemos nem a oportunidade de de repente voltar mesmo que na contra mão, só tínhamos duas saídas ou passar por eles assumindo o risco ou parar e sem a menor chance de vida dado a violência da abordagem, então o meu marido falava pra mim, que estava ao volante, acelera Fabiola não para, acelera. ... eu em fração de segundos mantive minhas mãos firme ao volante, me abaixei pra sair da direção das armas e acelerei tudo que pude, antes, quando eles ainda estavam a frente do carro, eles começaram a atirar em nossa direção, conseguimos atravessar a barreira do bando foi quando eles mandaram muitos tiros na traseira do carro. Conseguimos nos deslocar por mais ou menos 1km, mas um tiro atingiu o pneu da frente e outro os fundos do carona, o pneu esfacelou e chegou ao aro, o carro não respondia aos comandos, descemos correndo e a gente só queria trocar o pneu rápido e sair dali pois temíamos que os bandidos nos perseguisse, depois chegou a polícia e nos acalmou um pouco. .. Em fim quero aqui dizer que nunca achei que pudesse passar por uma situação tão traumática, com risco de morte ali tão real. Somos, eu e Zé Paulo, só gratidão a Deus, que mais uma vez nos concedeu um verdadeiro livramento. Quero aqui contando o que aconteceu comigo e Zé Paulo dizer a todos vocês sem nenhuma resolva. não passe pelo arco metropolitano, caso tenha amor pela vida de vocês. Por Favor compartilhem este recado, pois ninguém merece passar sobre o que passamos, a nossa vida vale muito mais que isso, graças a Deus estamos vivos." finalizou.

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